Neste livro, Osvando J. de Morais analisa minunciosamente as técnicas, as opções e as etapas utilizadas pelo roteirista e cineasta Walter George Durst na construção do roteiro televiso de Grande Sertão: Veredas. A ênfase recai sobre os desafios da atividade tradutória, aplicada, no caso, à especificidade do veículo televiso.
Nesta análise, é utilizado, como originalidade, o embasamento teórico da tradução intersemiótica do discurso literário para a expressão audivisual, levando em conta as características dos meios de comunicação focalizados – literatura e televisão.
No contexto das adaptações literárias para televisão, Morais acompanha o desenvolvimento da vivencia dos protagonistas, Riobaldo e Diadorim, situando-se em um discurso narrativo mais amplo e na interferência de numerosas personagens secundárias. E, ao desvendar, paulatinamente, as dubiedades e as falsas pistas encontradas no romance, contribui para o conhecimento da densidade literária de João Guimarães Rosa.